Os analistas econômicos contemporâneos, em geral, costumam
mostrar grande indefinição quando se colocam diante da questão de explicar o
sucesso chinês em matéria comercial e econômica.
Enquanto alguns acham que é uma grande burrice manter grande
estoque de reservas internacionais aplicadas nos EUA e em dólar, outros, pelo
contrário afirmam ser esta uma importante parte da estratégia chinesa. Segundo
estes últimos, a conquista do mercado norte-americano é peça central da
dinâmica de crescimento e modernização da economia chinesa.
A seguir listamos os principais fatores da estratégia daquele
grande país asiático:
1) A presença crescente do capital
norte-americano na China, além de fortalecer o nível de atividade e de emprego
naquele país, representa a exposição a uma atualização tecnológica permanente em
face da alta taxa de renovação científica e técnica oriunda da economia mais
produtiva do planeta;
2) Os capitais norte-americanos que vão
produzir na China, como era de se esperar, mantém seus pontos comerciais nos
EUA em pleno vigor. Com isto, o objetivo de se manter nos mercados
norte-americanos, buscado pela China, é alcançado mais facilmente através da
produção made in China, com livre trânsito nos EUA, um golpe de mestre, sem
dúvida;
3) Com as reservas internacionais chinesas, canalizam
preferencialmente as vultosas poupanças chinesas e as aplicam nos EUA, na forma
de títulos do Tesouro e depósitos no sistema bancário, o circulante nos EUA é
especialmente sensível ao financiamento chinês. Ademais, este é um importante
fator moderador sobre o tratamento recíproco dispensado aos operadores chineses
que trabalham naquele país;
4) A corrida recente em direção ao Dólar,
em fuga do combalido Euro, produz uma espécie de efeito riqueza para os
chineses. Sabidos carregadores das maiores reservas internacionais do planeta
em Dólar, passam a ter um benefício macroeconômico inesperado, qual seja o de
poder parar de valorizar sua moeda por força das preocupações que tinham até
aqui com a inflação.
Finalmente, cabe destacar que, a
permanência dessa estratégia nos últimos 20 anos, conseguiu transformar o
produto Chinês no segundo PIB do planeta, superior ao do Japão e abaixo apenas
do EUA mas cada vez mais próximo.
Com efeito, apresentar uma taxa média
de crescimento econômico na década em torno de 10%, como conseguiu a China, só
poderia ser viável com a conquista e manutenção do mercado norte-americano por
prazo igualmente longo.
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