Os 3% de
inflação anual registradas em maio na China surpreenderam. Com isto, as
autoridades monetárias chinesas não perderam tempo, pois ganharam mais
liberdade para reduzir as taxas de juros e ativar a economia.
A brusca
desaceleração da atividade econômica naquele país, nesta primeira quadra de
2012, acompanhando finalmente o desaquecimento mundial, esperam tenha vida curta.
A queda das
taxas de juros na China é o primeiro movimento nessa direção desde 2008. O
impacto esperado sobre a taxa de crescimento na China deve ser potencializado
pela reversão do processo de valorização do Yuan.
Entre começo
do século XXI e julho de 2005 a taxa se manteve bem desvalorizada, perto dos
8,27 Yuans/dólar.
A partir daí
as pressões inflacionárias concorreram para instalar uma tendência de
valorização que levou a moeda chinesa ao máximo de 6,29 Yuan/dólar em janeiro
de 2012.
Daí em
diante, com a queda da inflação, a reversão no sentido da desvalorização
coincide com a alta do dólar no mercado internacional, trazendo a taxa de
câmbio chinesa de volta aos atuais 6,37 Yuans/dólar.
Depois de
ostentar uma taxa média de crescimento econômico anual superior aos 10% por
mais de 15 anos, os chineses ficaram assustados com a possibilidade de ver
minguar sua dinâmica de investimento e crescimento.
O efeito
combinado da queda dos juros e da desvalorização de sua moeda tem efeitos
expansionistas sobre a demanda, interna e externamente, podendo ajudar a limitar a uma queda menos dramática os
níveis de atividade na China.
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