Depois de uma breve interrupção, por força de do aumento
da procura internacional por dólar como fuga natural do combalido Euro, os
chineses voltaram a valorizar o Yuan como instrumento complementar da Política
Monetária no combate a pressões inflacionárias.
Isto significa que o processo de valorização cambial na China deve levar alguns anos até que se controle a inflação.
A valorização da taxa nominal de câmbio Yuan por Dólar
acompanhada de uma inflação superior a 6,0%, representa uma valorização da taxa
real de câmbio superior a 10% ao ano.
Se mantida nesse nível, aquele estímulo às exportações chinesas que esteve presente como motor da estratégia chinesa durante os últimos 20 anos, sofre uma mudança radical.
Se mantida nesse nível, aquele estímulo às exportações chinesas que esteve presente como motor da estratégia chinesa durante os últimos 20 anos, sofre uma mudança radical.
A taxa de crescimento
econômico alimentada por essa espetacular demanda efetiva internacional por
produtos chineses, tende a se reduzir muito. É razoável pensar em patamares de
crescimento econômico menores, mais próximos aos 7,0% ao ano, ainda assim as
maiores de um mundo com atividade deprimida.
A hora chinesa se aproxima de levar a um consumo das
famílias maior, mais serviços, menor poupança relativa e aumento dos níveis de
bem estar e consumo presente, com uma taxa de investimento um pouco menor.
Enquanto os chineses tiverem dificuldades para controlar
a inflação, podemos contar com a presença de uma alta taxa de crescimento de
sua taxa real de câmbio.
Finalmente, vale dizer, a administração da demanda
agregada com o instrumento da Política Monetária tende a utilizar mais tempo do
que o normal, tanto na China como no Brasil, pois ambos são países altamente
gerenciados na base do gasto, no investimento e crédito públicos.
Isto significa que o processo de valorização cambial na China deve levar alguns anos até que se controle a inflação.
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