quinta-feira, 12 de julho de 2012

PIB SANFONA, AINDA LONGE DO CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL.


O gráfico de evolução do PIB brasileiro nos últimos 20 anos, a seguir apresentado, mais se parece com o movimento de uma sanfona, tal a volatilidade e oscilação em torno da média. Essa média, que chegou ao máximo de 3,7% em 2010, ano em que a economia cresceu 7,5%, já trafega mais baixa, especialmente depois de confirmados os 2,7% de crescimento em 2011 e dos prováveis 2,5% que devem ser registrados em 2012.
A perda de dinamismo recente da economia brasileira tem se acentuado a partir da instabilidade internacional cujo epicentro é naturalmente a Europa e o Euro.

A deflação importada não é pequena, pois já foi capaz de recolocar a inflação doméstica de volta na trajetória da meta inflacionária de 4,5%, apesar das autoridades monetárias estarem ao mesmo tempo conduzindo uma inédita redução das taxas de juros no país.

Não subestimemos a importância dos enganos de diagnóstico que tem condicionado as medidas de política econômica. Insistir em dar estímulos à demanda sem entender como atuar pelo lado da oferta tem sido uma linha permanente a conduzir os equívocos do governo.

A adequação dos juros foi uma oportunidade aproveitada que precisa ser acompanhada de outras mais precisas.

O aumento da inadimplência é um sinal que não pode ser ignorado. A formação das expectativas de retornos dos investidores leva em conta sinais como esse, especialmente em nosso país, onde a relação crédito /PIB passou de 30 a mais de 50% nos últimos anos.

O grau de endividamento da população aumenta rapidamente, tornando o crédito cada vez mais seletivo. Aí está um fundamento forte para levar as autoridades a colocar o hábito de poupar e a Educação Financeira nas prioridades de suas políticas públicas.

A nossa deficiência na formação de poupança doméstica é claramente estrutural e merece uma atenção especial, haja visto que para crescer a uma taxa superior aos atuais  3,0% em média, precisamos elevar nossa taxa de poupança doméstica.

Nossa taxa de poupança doméstica deve passar dos atuais 16,0% do PIB para algo perto dos 20,0% ao ano e, então, adicionando uma poupança externa estimada em 3,0% do PIB, vai nos permitir investir 23% ao ano e crescer em média a 4,5%aa. 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Governo tenta estimular economia com compras governamentais pela primeira vez


Radio CBN - Sábado, 30/06/2012



Entrevista com Mário Juan da Silva Leal, macroeconomista da Confederação Nacional do Comércio e professor de Economia e finanças da FGV




Governo tenta estimular economia com compras governamentais pela primeira vez


http://cbn.globoradio.globo.com/programas/revista-cbn/2012/06/30/GOVERNO-TENTA-ESTIMULAR-ECONOMIA-COM-COMPRAS-GOVERNAMENTAIS-PELA-PRIMEIRA-VEZ.htm

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Niterói, Rio de Janeiro, Brazil
Macroeconomista, Consultor e Professor da Fundação Getúlio Vargas - FGV e da FK Partners. Autor do livro Saia do Vermelho - Editora Qualitymark

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